A Delegacia de Polícia Civil de Ibiá e Campos Altos, integradas à 2ª Delegacia Regional de Araxá, concluiu o inquérito da segunda fase da Operação "Éden" que apurou crimes de corrupção praticados por agentes políticos da cidade de Santa Rosa da Serra, no Alto Paranaíba.
A operação foi deflagrada em maio e junho de 2017 e, entre os investigados, estão o então presidente da Câmara, Edilon dos Reis Silva, os vereadores Vanderlei dos Santos e Geraldo Ribeiro de Lima, a ex-prefeita do município, Cleide Maria Ferreira Rangel, o marido dela, Ronaldo Rangel, e um sobrinho deles.
O inquérito foi enviado para o Ministério Público Estadual de Campos Altos para, em seguida, ser oferecida a denúncia contra os investigados. A Polícia Civil também representou pela suspensão da função pública dos três vereadores que foram indiciados, para que sejam imediatamente afastados dos cargos eletivos que ocupam na Câmara Municipal de Santa Rosa da Serra.
As investigações continuam com a finalidade de concluir os demais inquéritos que foram instaurados durante a operação.
O G1 conversou com o advogado de Cleide e Ronaldo, Rogério Magalhães, e ele informou que o casal não confirma as acusações e vai se defender no âmbito da ação penal. Reforçou ainda que respeita os trabalhos da Polícia Civil e do Ministério Público, porém, a defesa tem condições de refutar várias das acusações e o que o fará no momento oportuno.
A reportagem não conseguiu localizar a defesa dos vereadores e entrou em contato com a Câmara Municipal, contudo as ligações não foram atendidas até a publicação da matéria.
Entenda
Os trabalhos policiais concluíram que a ex-prefeita de Santa Rosa da Serra, o marido, um servidor público e os três parlamentares teriam praticado crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, supressão de documentos e organização criminosa.
Os indícios demonstram que a ex-prefeita pagou cerca de R$ 100 mil ao vereador Geraldo para comprar o silêncio dele em relação às ilegalidades praticadas por ela durante o período em que exerceu o cargo no Executivo.
Como parte do pagamento, a mulher entregou ao vereador uma caminhonete no valor aproximado de R$ 60 mil. O restante do valor foi pago em dinheiro e também por depósitos bancários.
Em relação aos outros vereadores, as investigações apontaram que eles suprimiram e ocultaram vários documentos que continham provas dos desvios de dinheiro público, que foram feitos durante o mandato da prefeita. Diversos documentos que incriminavam a ex-prefeita foram apreendidos.
Penas
Todos os investigados também foram indiciados por organização criminosa. As penas para os crimes de organização criminosa variam de três a oito anos de prisão, para os crimes de corrupção ativa e passiva a pena é de dois a doze anos de prisão. No caso do crime de prevaricação, são três meses a um ano de detenção e para o de supressão de documentos, de dois a seis anos.
Fonte e foto: G1 Link da reportagem: https://g1.globo.com/mg/triangulo-mineiro/noticia/2019/01/09/policia-conclui-inquerito-da-segunda-fase-da-operacao-eden-em-santa-rosa-da-serra.ghtml?fbclid=IwAR1bMDdvHz1pZEeN-YiZVHTXLZsHbh9P1maQ6uQaAusuCWuhX67Ljwx-PeA
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